"Plante seu Jardim e decore sua Alma, em vez de esperar que Alguém lhe traga Flores..."

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Avaliação - O Papel do desejo

Notas fechadas, boletins entregues, diários de classe arquivados. Missão cumprida?
Não mesmo, tudo tem que ter um objetivo, avaliar o próprio desempenho é um deles, afinal, aplicar provas, corrigi-las e entregá-las não é o suficiente. Precisamos saber onde estamos falhando para planejar, o que e como ensinar, isto sim é um importante passo rumo a um sistema de avaliação escolar justo e motivador.
Culpar os educando pelas notas baixas, desinteresse ou pela indisciplina nem pensar, o que devemos fazer enquanto educadores é rever nosso trabalho, usando os resultados para refletir sobre nossa prática, ou seja, enquanto os educandos e perguntam o que fazer para recuperar a nota, os educadores devem ser questionar como recuperar a aprendizagem.
Até os anos 60, 80% do que se ensinava eram fatos e conceitos. A prova “tradicional” avaliava bem o nível de memorização do educando. Hoje, essa cota caiu para 30%. Além de fatos e conceitos, os educandos devem conhecer procedimentos, desenvolver competências. E a mesma prova escrita continua a ser aplicada...
Se a missão da escola ao raiar do século XXI é desenvolver as potencialidades dos educandos e transformá-los em cidadãos, a finalidade da avaliação tem de ser adaptada, certo?
Seu principal papel deve ser auxiliar o educando a superar suas necessidades a partir de mudanças efetivas nas atividades de ensino. O ideal é que ela contribua para que todo educando assuma poder sobre si mesmo, tenha consciência do que já é capaz e em que deve melhorar, porém quando a escola não leva isso em conta, o estrago é inevitável. Estudos realizados sobre o impacto da avaliação na auto-estima do educando mostram que boletins baseados no desempenho em provas têm apenas uma função: classificar a garotada como “bons” ou “maus”, o que tem cada vez menos utilidade. O que acaba ocorrendo são desvios no objetivo maior da escola, que é ensinar, pois ao sentenciar que uns são mais e outros menos, o saber fica em segundo plano, afinal o jovem valoriza a nota, não o aprendizado. Mas existe uma conseqüência mais nefasta: tirar da criança/educando a vontade de aprender. Afinal só existe motivação quando há desejo.

Um comentário:

  1. Avaliar sempre foi e será um assunto que gerará discussões. É muito complicado, pois sabemos que a sociedade cobrará, daqueles que são nossos alunos hoje, atitudes adequadas à função e papel desempenhados. Será que nós os preparamos realmente com avaliações?

    ResponderExcluir